quarta-feira, 3 de setembro de 2008

COQUEIRO DA BAHIA

"O estilo Coqueiro da Bahia é resultante da fusão da sextilha com o estribilho: Coqueiro da bahia / Quero ver meu bem agora ? Quer ir mais eu vamnos / Quer ir mais eu vambora. A obrigatoriedade da metrificação é apenas para sextilha, que utiliza versos setissílabos, com a mesma métrica e acentuação. A distribuição de rima inclui a sextilha e a quadra do estribilho, perfazendo uma décima na formação a seguir: ABBCCDDCEC. Assim, os versos um e nove são livres; as linhas dois e três rimam iguais; enquanto os pés quatro, cinco, oito e dez têm a mesma terminação; e os versos seis e sete com rimas idênticas. Esse estilo foi criado recentemente, mas já conquistou preferência das platéias que o exigem nas cantorias e festivais.
No palco da natureza
Eu ouvi os passarinhos
Cantando, fazendo ninhos
Na copa verde da flora
No despertar da aurora
Vem surgindo um novo dia
Coqueiro da Bahia
Quero ver meu bem agora
Quer ir mais eu? Vamos
Quer ir mais eu? Vambora
Quer ir mais eu? Vamos
Quer ir mais eu? Vambora.
Os Nonatos criaram uma variante do Coqueiro da Bahia, modificando apenas o refrão e eliminando a expressão "Coqueiro da Bahia". Destarte, a estrofe é encerrada a partir do sétimo verso:
A gente gostaria
De chamar o povo agora
Quer ir conosco vamos
Quer ir vamos embora
Quer ir conosco vamos
Quer ir vamos embora."
- Conteúdo retirado do livro Nos Caminhos do Repente, Pedro Ribeiro, 2ª edição, Alínea Publicações Editora.

Link para DOWNLOAD de um áudio onde o gênero é usado pelos repentistas Geraldo Amâncio e Sebastião Dias: http://www.4shared.com/file/61588886/bb420c5e/02_Coqueiro_da_Bahia.html

Agora é nossa, vez, baixem o áudio e vamos versejando aqui.
Abraços,

João Rolim.

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